O que fazer em Brasília

A concentração de cartões-postais em uma mesma avenida dá ao turista que chega a Brasília a impressão de conhecê-la em pouco tempo. Se tiver apenas algumas horas para visitar a cidade, você sairá de lá com fotos que farão qualquer um acreditar que a conheceu intimamente.

Veja o que fazer em Brasília e perceba a vantagem de Brasília: é possível conhecê-la em uma hora ou em um mês. Aproveite tudo o que a capital tem a oferecer. A cada visita, um novo roteiro o tornará ainda mais apaixonado pela cidade.

O que fazer em Brasília

Catedral Metropolitana de Brasília: Os 16 arcos de concreto – idealizados por Oscar Niemeyer – formam uma nave espacial prestes a levantar voo. A leveza da estrutura toda branca e as quatro estátuas dos evangelistas anunciam o interior grandioso da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida. Todo turista, ao entrar pela primeira vez no túnel, sempre será tomado pela emoção de avistar os vitrais coloridos iluminados pelo sol no interior. Três enormes anjos de bronze pendurados no topo pairam sobre as cabeças, como protetores dos fiéis. As esculturas – de Alfredo Ceschiatti – não são as únicas obras de arte do local. Os painéis que representam a via sacra foram pintados por Di Cavalcanti. Os azulejos do batistério e as cenas da vida de Nossa Senhora são de Athos Bulcão. Os 2 mil metros quadrados de vitrais, recém-restaurados, ganharam cores pelas mãos da artista francesa Marianne Peretti. No interior também é possível ver uma réplica em tamanho natural da Pietà, de Michelangelo, e a cruz de madeira utilizada na primeira missa da nova capital.

Memorial JK:  lugar onde foi realizada a primeira missa da nova capital da República, o ponto mais alto dentro da cidade, está o espaço que homenageia o presidente que idealizou Brasília. O Memorial JK guarda a história da família Kubitschek e do seu mais ilustre membro, o presidente Juscelino, que recebe o visitante com um “aceno” ainda do lado de fora. Do alto da torre de 28 metros, uma estátua de JK vigia a cidade e dá as boas-vindas aos turistas. O espaço mais importante fica no segundo andar: a câmara mortuária. O túmulo onde estão os restos mortais de Juscelino é todo revestido por granito preto. O ambiente é místico. No teto, em tons de vermelho, vitrais da artista Marianne Peretti parecem proteger o ex-presidente. Por fora, a câmara é adornada por um painel de Athos Bulcão.

Memorial JK

Pontão do Lago Sul: O passeio ao longo das margens do Lago Paranoá atrai centenas de visitantes nos finais de semana. O espaço tem belos jardins, restaurantes e decks que permitem ver um sensacional pôr do sol. Ótima pedida para quem tem a tarde para relaxar ao ar livre. Nos finais de semana é comum encontrar feiras e eventos esportivos na área. Escolha o seu bar ou restaurante predileto e sente-se à beira do Lago para um belo final de tarde.

Brasília Palace Alvorada: O primeiro hotel da capital, inaugurado em 1958, tem projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer com painéis de Athos Bulcão. Os móveis remetem à elegância do design dos anos 50 e 60. Restaurado 20 anos após um grande incêndio, o Brasília Palace Alvorada é, certamente, a mais elegante e brasiliense hospedagem da região. À beira do Lago Paranoá, com amplo espaço verde, o hotel conta, ainda, com um excelente restaurante: O Oscar Jazz e Cucina. No espaço interno, uma mesa está constantemente reservada para Niemeyer.

Brasília Palace Alvorada





Congresso Nacional: A imagem das duas torres de 28 andares – as mais altas da cidade – com uma cúpula côncava (Senado) e outra convexa (Câmara) é o mais famoso cartão-postal de Brasília. Sede do Poder Legislativo, o Congresso Nacional é o grande foco das manifestações populares que acontecem na cidade. Não é raro se deparar com uma multidão em protesto nos gramados. No interior, o visitante terá a oportunidade de acompanhar as sessões plenárias nas duas casas e de ver deputados e senadores em ação. O tour também apresenta obras de arte de artistas como Alfredo Ceschiatti, Athos Bulcão, Di Cavalcante, Marianne Peretti, Fayga Ostrower, Carybé e Maria Bonomi. A construção está entre as prediletas de Oscar Niemeyer e o passeio é imprescindível para quem busca o turismo cívico e arquitetônico.

Conjunto Cultural da República. Museu e Biblioteca Nacional: A enorme cúpula, na entrada da Esplanada dos Ministérios, atrai olhares curiosos dos turistas. O projeto, em formato oval, é inconfundível: a obra é de Oscar Niemeyer. A grande rampa de entrada remete o visitante a uma nave espacial, assim como a curva futurística que liga os dois andares do prédio. No interior, exposições itinerantes dão vida ao espaço. A grande área externa é frequentemente usada para exposições, performances e espetáculos. Ao lado do museu, a Biblioteca Nacional contrapõe-se, em formato retangular. Um belo painel do artista plástico português Julio Pomar adorna a fachada. O espaço oferece biblioteca digital e salas para estudo. O projeto ainda não está totalmente concluído. Os dois prédios formam um harmonioso conjunto arquitetônico. Nos finais de semana, o espaço livre vira área de lazer para os brasilienses.

Ermida Dom Bosco: A grande distância do Plano Piloto torna esse um dos mais tranquilos parques da cidade. A área verde à beira do Lago atrai esportistas, famílias para piqueniques e muitos visitantes para ver o pôr do sol. Por ser uma área bem limpa do Lago Paranoá, é comum banhistas se aventurarem a nadar e tomar sol. Além das belezas naturais, a Ermida atrai pelo turismo religioso. Lá está uma pequena capela construída em homenagem ao padre João Belchior Bosco, que em 1883 teve um sonho que previa a construção da “Terra Prometida” entre os paralelos 15º e 20º, exatamente onde hoje está Brasília.

Ermida Dom Bosco

Espaço Cultural da Caixa – Caixa Cultural: O espaço abriga salas de exposições e teatro, tudo gratuito ou a preços populares. As mostras de arte nas galerias têm temática bem variada; por isso o centro cultural atrai todos os públicos Os ingressos dos espetáculos são muitos disputados e costumam se esgotar rapidamente. Fique atento à agenda e não perca o evento.]

Igreja Dom Bosco: O exterior, todo em concreto e no estilo gótico, formado por 80 colunas de 16 metros de altura, não revela a beleza e a intensidade de cores do interior do Santuário Dom Bosco. Ao entrar na igreja tem-se a sensação de estar rodeado pelo céu estrelado. As doze enormes portas talhadas em bronze são de autoria do artista Gianfrancesco Cerri. Ele também assina o painel em bronze na pia batismal e a pintura em acrílico no sacrário. O altar é simples, adornado pelo cristo crucificado. A peça é entalhada em um tronco de cedro e tem oito metros de altura. No centro do salão, o lustre formado por 7.400 peças de vidro murano é a única iluminação no período noturno. São 3.000kg e 5m de diâmetro de luz.

Igreja Dom Bosco